O Artista e educador Roberto Santos, durante o período de formação acadêmica, interessou-se em conhecer o
universo da arte educação no ensino não formal, a partir da experiência em museus, espaços alternativos e
centros culturais. Com isso, adquiriu também a função de arte educador ou educador mediador, propondo
visitas mediadas em exposições de artes visuais, contendo variados contextos, períodos históricos e também
conhecendo o trabalho de muitos artistas clássicos, modernos e contemporâneos.
E a partir desse contato, além das visitas oferecidas ao público, desde o ensino fundamental, médio e
universitário passou também a criar relações de aproximação com sua formação acadêmica e especialização:
Artes Cênicas. Com isso, além de ampliar seu repertório pessoal, propõe ao público a aproximação às obras de
arte e aos artistas, a partir do repertório apresentado e compartilhado.
O público espontâneo também é atendido pelo educador, onde a cada dia enriquece seu repertório a partir do
olhar do outro e da escuta, surgindo diferentes formas de estabelecer a relação com o sensível, com o
subjetivo e campos de interesse.
O educador Roberto Santos alimenta-se da riqueza que há no diálogo compartilhado, no estímulo à percepção
sensível, desconstruindo o pré-estabelecido, fazendo com que também repense e reflita sobre seu fazer
artístico e educativo, onde o desafio está em proporcionar ao público o encontro, a fruição, a experiência e
contemplação às obras de arte - regado de aproximações, reverberações - que venham estimular os aspectos
críticos diante do que é apresentado. Ir além do que faz sentido.
No decorrer de sua carreira, adquiriu experiências bem sucedidas em instituições de grande importância como: Itaú Cultural, Mam São Paulo, Porão das Artes, CCBB SP e rede SESC.
Os diálogos com educação não-formal e mediação cultural ao olhar do Artista e Educador Roberto Santos,
trazem um grande potencial de complementação ao ensino formal, pois há uma extensão do que se aprende na
escola. A partir do momento que todos os envolvidos passam a ter esse contato direto com educadores em
exposições de arte, dispostos a desmistificar o papel da Arte e das possibilidades de o público
sentir-se parte do todo, tal como um rizoma, há um grande ganho nesta aproximação. E diante dessa
aproximação, dar-se a voz ao público, convidando-o a compartilhar suas impressões, refletir e expressar
seu ponto de vista.
Assim, o diálogo com educação e mediação cultural em uma exposição de arte, deve – ou pode – ser uma
experiência com a Arte, em sentido de forma, de linguagem, de criação e de imaginação.
O aqui e agora, na relação entre o educador mediador e público, passa ser a obra que proporcionará a
experiência - uma obra coletiva - resultado do diálogo entre público e educador, público e as obras,
entre os indivíduos de grupo em si, dos indivíduos com as obras e com a exposição, seja ela no museu,
espaço alternativo ou cultural. As barreiras tendem a se romper, propondo o florescimento da percepção
ao sensível, construída pelos sujeitos – educador e público – sendo compartilhada na troca do pensar e
interação entre indivíduos. E com isso, a realização de uma experiência estética, constituindo uma
percepção artística plural, modos de pensar e refletir o ato artístico.
As ações poéticas performativas, ou intervenções poéticas criadas e realizadas pelo Educador e Artista
Roberto Santos, tem por objetivo dialogar com as exposições apresentadas, propondo ao público o
entendimento de forma lúdica, artística e sensorial. Além do fortalecimento da Arte do Ator.
Por dedicar-se a aprofundar o conhecimento da Arte do Ator em espaços alternativos, indo além do palco
italiano, o mesmo em seu processo de estudo, pesquisa e work in process, estabelece uma relação de
proximidade com os conceitos trazidos por artistas de diferentes segmentos.
O desafio está em proporcionar ao público o diálogo com a obra tirando-o do estado passivo – convidando-o à imersão ao universo da arte, ocupando o espaço da exposição e trazendo atenção ao que parece estar distante de seus olhos. E com isso, estabelecer a proximidade entre ator, educador, espectador, obra de arte e mediação.